Cidades
Maringá – Motoristas e cobradores impedem saída de ônibus das garagens e fazem greve no transporte público

Motoristas, cobradores e outros funcionários do transporte público em Maringá, na região norte do Paraná, decidiram entrar em grave na madrugada desta quarta-feira (16). Os trabalhadores exigem reposição de perdas salariais.
Segundo uma das empresas responsável pelo transporte, desde as 4h, os manifestantes estão em frente às garagens para impedir a saída dos veículos.
O Sindicato dos Trabalhadores em Veículos Rodoviários de Maringá( Sinttromar) disse que foi respeitada a decisão da Justiça de manter no mínimo 70% do atendimento no transporte coletivo urbano e metropolitano durante o período de greve.
O sindicato destacou que não se sabe o número exato porque as empresas têm se negado a passar as planilhas atualizada com as escalas de trabalho na pandemia.
A Prefeitura de Maringá informou que, por enquanto, não vai se manifestar sobre a greve dos trabalhadores.
Pedidos dos trabalhadores
Os funcionários do transporte coletivo de Maringá pedem reajuste salarial de 2%, pagamento da segunda parcela da participação nos lucros e resultados e também a renovação do acordo coletivo de trabalho.
De acordo com o sindicato, a data-base da categoria venceu em junho, mas até o momento não houve acordo sobre o reajuste.
O sindicato afirma que os trabalhadores estão com os salários reduzidos pela metade desde março, quando foi decretada a pandemia do novo coronavírus.
O que dizem as empresas
Por meio de nota, as empresas Transporte Coletivo Cidade Canção e Cidade Verde disseram que não podem conceder qualquer reajuste salarial ou o pagamento da parcela da participação de resultados devido à queda de usuários do transporte coletivo.
Segundo as empresas, a queda do número de passageiros foi de mais de 60% no último trimestre, redução que ocorreu por causa da pandemia da Covid-19.
As empresas finalizaram que passam por dificuldades financeiras e que a greve só pode piorar a situação econômica dos negócios.